Pois é. Muitas vezes as pessoas se acham tão dignas de ser amadas que não aceitam mais migalhas. Isso se chama amor próprio. É bem verdade que quem tem amor próprio é mal interpretado, sendo, muitas vezes, taxado de mal amado ou de solitário. Mas há uma grande diferença nesses conceitos. O mal amado não tem opção, uma vez que ninguém o quer ou que não tem quem o ame do jeito que ele precisa. Já aquele que tem amor próprio apenas não achou aquilo que procurava, em intensidade e concepções. Prefere ficar só. São seres distantes de pólo a pólo. Quem se ama não quer mais situações desnecessárias e identifica o que lhe trará problemas, abrindo mão. Não se compara, não se acha melhor nem pior que ninguém. Respeita e exige respeito. Sabe exato onde pisa. Não perde oportunidades e esbanja atitude. E, acima de tudo, não se sente mal por isso. Eu me amo. Não vou dar um passo em direção ao precipício. Não basta se oferecer: é preciso ter conteúdo.
Mary Athayde
Postado por Fatinha às 00:11
Nenhum comentário:
Postar um comentário