Cidade de Vassouras


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Coleção Primavera/Verão - 2009 - Gelsomina - Siena - Itália



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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Existir é assim... um dia você descobre...
que é preciso desatar os nós, despregar os medos,
romper os rótulos, rebentar os lacres, alterar as formulas,
e livre... redescobrir os vôos, e enfrentar os ventos.
Ser livre é mais que uma ousadia...
é mais que um transformar, é mais que um redescobrir-se,
ser livre é uma imersão em si mesmo,
é libertar todas as almas... em encantamentos.
E livre mesmo... fiquei, quando desavistei os outros,
os deixei seguir em silêncio e sozinhos.
Livre mesmo... foi quando os perdi de vista,
os deixei com suas escolhas, dobrando as esquinas do destino,
descobrindo seus caminhos.
Livre mesmo... fiquei quando o meu foco... foi para dentro,
passei a olhar para mim,
e desapeguei-me... do que não era meu.
Livre mesmo... foi quando passei a sorrir,
sem precisar olhar no espelho, e dizer que estava feliz.
Livre... foi quando descobri que embora não tendo nada,
tinha todos os sonhos do mundo.
Livre mesmo... foi quando virei silêncio,
e manso passei a olhar sem culpa, e ver sem condenar.
Hoje... envelhecido, sou todo livre...
E a todos e a mim mesmo:
Prontifico-me nas decolagens, e abraço forte nas aterrissagens.
Existir... viver, não passa de um risco, de um talvez,
aprendi não aprisionar ninguém, que queira em vôo livre...
levantar.
Somente consegui libertar minha própria alma,
quando as outras... também as deixei livres,
para amar.
Livre mesmo... fiquei quando, com todo o destemor,
olhei para todas as almas, sem repreendê-las, e com afago,
e de todos os sentimentos... só de um fiquei refém:
o amor.

Ari Mota

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