Sempre
me senti diferente dos outros. Não mais bonita, não mais inteligente,
não mais especial, não mais esperta, não mais maluca, não mais legal,
apenas diferente. Sou diferente na forma de sentir, tudo que me toca, me
toca fundo. Tudo que me alegra, me alegra muito. Tudo que me dói, dói
forte, corta. Nunca tive muitos freios em matéria de sentimento. Sempre
que eu quis ir, fui. Muito me estrepei. Sempre que quis falar, falei.
Muito me ralei. Aprendi um pouco a calar, a tentar respirar fundo e
pensar.
Clarissa Corrêa
Postado por Fatinha às 21:54
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