quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
"Há certas horas, em que não precisamos de um amor.
Não precisamos da paixão desmedida.
Não queremos beijo na boca. (...)
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro,
o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado.
Sem nada dizer.
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra chorar,
que desejamos uma presença amiga,
a nos ouvir paciente, a brincar com a gente,
a nos fazer sorrir.
Alguém que ria de nossas piadas sem graça.
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo.
Que nos teça elogios sem fim.
E que apesar de todas essas mentiras úteis,
nos seja de uma sinceridade inquestionável.
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado.
Alguém que nos possa dizer: acho que você está errado, mas estou do seu lado.
Ou alguém que apenas diga: sou seu amor, e estou aqui!"
(Desconheço autor)
Beijos
Fatinha
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011
resta-nos um último recurso:
não fazer mais nada.
Por isso, digo, quando não obtivermos o amor,
o afeto ou a ternura que havíamos solicitado,
melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição.
Às vezes, é inútil esforçar-se demais,
nada se consegue;
outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa.
Nunca foram uma caridade mendigada,
uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal,
e desprezamos quem melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado,
resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."
(Clarice Lispector)
Beijos
Fatinha
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