Cidade de Vassouras


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Coleção Primavera/Verão - 2009 - Gelsomina - Siena - Itália



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quinta-feira, 29 de abril de 2010

O grande amor

O grande amor nada tem a ver com grandes momentos ou coisas extraordinárias vividas juntos.

Nada tem a ver com loucas paixões que queimam e viram cinza algum tempo depois.

O "não sei viver sem você" não conhece nada do grande amor, porque as pessoas sempre sobrevivem às decepções amorosas e serão capazes de se entregar ainda e ainda ao fogo do amor, se ele chega.

Quem fica esperando o grande amor e acha que o encontrou cada vez que consegue dizer "te amo" a outra pessoa e que pensa que aquilo vai durar para o resto da vida, acaba se decepcionando.

Porque amores vêm e vão.

Amores chegam, enfeitam a vida por algum tempo, dão a idéia de infinito, de irreal, de coisa única e depois desaparecem lentamente,

como miragem quando se chega muito perto.

Percebemos assim que as juras de amor eterno não conhecem nada de eternidade.

O grande amor não é aquele por quem se quer morrer por ele.

Romeu e Julieta eram jovens demais e eternizaram a idéia de que para se ter um grande amor é necessário saber morrer por ele.

O grande amor, só se sabe que era ele depois.

Depois de todos os amores que invadiram e fugiram, dos que enlouqueceram e dos que trouxeram a razão.

O grande amor, só se reconhece olhando pra trás, nunca pra frente.

É aquele quando, se olhando pra trás e se somando todos os amores vividos, sabe-se reconhecer qual deles era a verdadeira essência, o que não ficou destruído mesmo depois que todos os sonhos se foram.

O grande amor é aquele que fica quando, anos depois, mesmo se conhecendo o outro de cor, sabendo adivinhar os pensamentos e mínimos gestos, mesmo não havendo mais mistérios, ainda se é capaz de olhar nos olhos do outro e dizer:

_ Eu te amo!

(Letícia Thompson)

Boa quinta-feira para você.

Beijos

Fatinha


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